quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Como conversar com uma pessoa amada que não quer se vacinar

Tenho recebido várias mensagens de amigos perguntando o que fazer com parentes e familiares que acreditam em informações falsas sobre eleições, vacinas e Covid. 
Escrevi algumas sugestões baseadas em resultados de pesquisas que ajudam a explicar a raiz dessas crenças e como lidar (e como não lidar) com elas. 
Uma das coisas com a qual temos tido mais dificuldade na pesquisa de desinformação/teoria da conspiração é que a contra-informação (informação corrigida, EVIDÊNCIA FACTUAL EMPÍRICA) tem MUITO POUCO efeito nas crenças das pessoas, quando essas crenças têm raízes em identidades políticas e sociais. 
 Em outras palavras, para muitas dessas pessoas a evidência, a ciência, os fatos não tem a menor importância. 
Por exemplo, se os seus pais confiam no Bolsonaro e desconfiam da ciência/mídia/judiciário enquanto instituições, e eles se identificam com pessoas ou grupos que pensam em si mesmos como "pessoas que estão por dentro" ou que sabem "a verdade verdadeira”, então usando informação e argumentação e evidências é pouco provável que você os atinja. 
Isso é tão frustrante. 
É de enlouquecer. 
É pior que bater a cabeça na parede. 
MAS não é uma causa perdida. Muitas dessas pessoas são profundamente descrentes das instituições e das elites (exceto do Bolsonaro, porque ele joga com tudo isso e finge que é UM CARA DO POVO). Típica babaquice demagoga populista… (acompanhe a @jenmercieca para entender como ele faz isso). 
Disseram a essas pessoas que as elites, os políticos e os jornalistas não têm respeito por eles. Eles têm animus profundamente enraizado (de raça, classe, etc…) que foi explorado pela mídia de direita e por políticos que lembram a eles constantemente que eles estão sendo sacaneados (veja cultura do cancelamento). 
Tudo isso se alimenta na necessidade dessas pessoas em acreditar em narrativas alternativas e em teorias da conspiração porque acham que a grande mídia e as instituições mainstream vão ferrar com eles (ou fazer com que continuem se ferrando). Então, informação que vem dessas ou por essas instituições é suspeita. 
Assim, o único caminho *real* possível de ser feito é por conexões emocionais com contatos amorosos e em quem a pessoa confie, baseado NÃO na informação mas em conexões e questionamentos emocionais. 
Eu sei. As pessoas suspiram e rolam os olhos quando eu digo essas coisas. Sim, é de lascar. Eu não estou falando em conversar amorosamente com o bolsominion do posto de gasolina que está gritando com você para tirar sua máscara porque a COVID é uma mentira. Estou falando de amigos e familiares que foram perdidos nessa "conspiratopia" gerada pela elite (ou seja, Bolsonaro, empresários, militares). 
Já que a "oposição psicológica" é ENORME em pessoas que se sentem desrespeitadas e difamadas, o pulo do gato é estabelecer condições em que elas baixem a guarda. Oposição psicológica é uma combinação de raiva e contra-argumentação ativa à informações. É um pesadelo para campanhas de persuasão. A chave então é desligar esse processo antes que comece. 
Na comunicação de questões de saúde, desenvolvedores de campanhas geralmente fazem isso misturando informação em estórias e novelas. Com relações interpessoais, o segredo é capitalizar o amor e confiança que existe entre os indivíduos. 
Na minha experiência, se fazer de boba e neutra e de coração aberto leva a gente longe. E antes que você me diga que você não devia precisar fazer isso - é, não me diga! Mas, aparentemente, nós temos que passar por isso se queremos manter relações com essas pessoas e se queremos que nossas pessoas amadas continuem existindo nessa nossa comunidade baseada em realidade. 
Por exemplo, imagine um pai ou mãe que não quer ser vacinado porque acredita em todo tipo de idiotice sobre vacina. "Eu entendo totalmente sua preocupação. O mundo está de cabeça pra baixo e é difícil saber em que informação confiar. De toda forma, a decisão é sua. Mas eu ia ficar arrasada se você não pudesse participar das suas coisas habituais ou encontrar seus amigos porque não foi vacinado". 
Também pode ser que ajude se apoiar em outras fontes relevantes. Eles confiam nos médicos deles? Algumas vezes até mesmo os adeptos de teorias da conspiração confiam em seus PRÓPRIOS MÉDICOS. Talvez alguma coisa tipo "eu te entendo. São tempos assustadores. Você perguntou à doutora xxx o que ela acha que você devia fazer? Quem sabe a gente pergunta aos seus médicos se eles vão se vacinar?" 
Talvez batendo NÃO em evidências científias empíricas, mas em dicas visuais e emocionais poderosas: "Tenho amigas que são enfermeiras e médicas que estavam tão felizes quando foram vacinas que choraram. Elas acham que é uma coisa que vai salvar a vida delas..." 
Fazer perguntas genéricas pode ajudar também, sempre precedidas por uma fala que sivra de "tapete de boas vindas". "Eu entendo que você esteja com raiva. Se eu estivesse no seu lugar eu também estaria puta. Mas e se as pessoas que ficam trabalhando para te deixar brava o tempo todo tenham algo a ganhar com a sua raiva?" 
A parte racial disso tudo é a mais complicada. Não digo que saiba as respostas. Minha única sugestão é que pessoas orgulhosas não querem ser o joão bobo de ninguém. E explorar o medo que os brancos de classe média têm dos corpos negros e pardos é a jogada mais velha do mundo. 
De novo: olhos arregalados, curiosa, se fazendo de boba: "Por que será que o Datena diz que bandido bom é bandido morto, mãe?" "Mãe, sabia que o Datena recebe 9 milhões por ano?" (de novo, olhos arregalados, sem julgamento) 
Sugestão, quando for lidar com conservadores nas questões sociais ou culturais, não diga "eu lí que o Datena ganha 9 milhões por ano" ou "eu vi numa reportagem que o Datena..." porque aí a resposta será "você só pode ter visto isso na Globolixo". Apresente como sendo VERDADE, não como evidência. 
Um outro detalhe que eu acho muito útil vem do trabalho maravilhoso de @RKellyGarrett e Brian Weeks. Algumas pessoas têm a tendência de chegar a conclusões sobre o mundo pelas suas intuição. 
Acreditam no que DÁ A SENSAÇÃO de ser verdade. Não em evidências empíricas, mas em intuição. Essas pessoas têm mais chance de se apegar a percepções erradas e a acreditar em teorias da conspiração. 
De acordo com pesquisas na psicologia do conservadorismo social/cultural, parece que essas pessoas que se guiam no mundo pela intuição têm uma tendência maior a ter grande necessidade de encerramentos (closure) e a tomar decisões heurísticas… que tendam para o lado do conservadorismo social/cultural. 
Então, é claro que informações e fatos e evidências empíricas vão ser ineficientes. É sobre o que "dá a sensação de que está certo" e o que "dá a sensação de que está errado". 
Isso significa que essas crenças são guiadas por valores, identidade social, e pistas no ambiente da pessoa que indicam a elas o que é verdade. 
 Valores: identidade social, sinais, emoções, 
 Por causa do mundo em que essas pessoas estão neste momento, as construções mais relevantes dentro de cada uma dessas categorias provavelmente é: 
Valores: tradicionalismo e nacionalismo 
Identidade social: bolsonarismo, pessoa de bem, conservador, eleitor da direita 
Sinais: pró bolsonaro, Record, Terça Livre 
Emoções: raiva, ressentimento 
 Então, a forma de recuperar esses amigos e parentes queridos é diluir essas forças com outras (novas ou antigas): 
Valores: família e amizade 
Identidade social: mãe, irmã, pai, amigo 
Sinais: amigos e familiares amorosos e sem julgamento 
Emoções: amor, carinho, respeito 
Isso não é fácil. E não vai rolar da noite para o dia. Não, nós não QUEREMOS fazer isso. É exaustivo e é uma merda. Eu sei. Mas se a gente lava as mãos, o que acontece? Vamos só assistir essas pessoas irem boiando em direção ao abismo que foi manufaturado para explorar as suas intuições e emoções para dar lucro e poder a alguém? De formas que resultam em finais perigosos/mortais para ELAS e para a DEMOCRACIA? Pois é, também acho que não. 

 PS: Se você leu isso e acha que estou dizendo que você precisa investir na sua relação com seu tio racista, homofóbico e raivoso… uh, não. Essas dicas são para quem está lutando para se conectar com pessoas amadas que caíram no buraco dos infernos nos últimos anos. 

texto original é da Dr. Danna Young, professora de Comunicação e Ciências Políticas na Universidade de Delaware, Estados Unidos, autora do livro Irony & Outrage (Oxford): As ideias dela estão aqui também

sexta-feira, 28 de junho de 2013

olha porque vocês não podem ficar elegendo mulheres para os parlamentos!

Nos EUA mulheres parlamentares estão propondo leis para regular a saúde reprodutiva dos homens no mesmo estilo em que os parlamentares homens conservadores (de lá) estão tentando regulamentar os direitos reprodutivos femininos. Entre as medidas propostas:
- qualquer ato em que um homem ejacule ou deposite semen em qualquer local que não seja uma vagina será interpretado e tratado como uma ação contra uma criança ainda não nascida. - há proposições proibindo a realização de vasectomias - projeto obriga que homens que queiram tomar Viagra passem antes por um exame obrigatório de toque retal - o homem que quiser uma receita de Viagra ou outro remédio para impotência terá que passar antes por terapia, exames cardíacos incluindo teste de esforço, conseguir que @ parceir@ sexual assine um documento confirmando a impotência. - homens que tomarem drogas para impotência terão que passar por testes contínuos de saúde cardíaca, receber aconselhamento psicológico sobre possíveis efeitos colaterais e receber informações sobre a busca do celibato como uma possível escolha de estilo de vida.
Ou seja, pense bem em quem você vai votar nas próximas eleições.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Endocrinologista Claudia Gurgel explica o que é fígado gorduroso

A endocrinologista Claudia Gurgel, de Brasília, explica o que é fígado gorduroso e como tratá-lo. Veja um trecho do texto da endocrinologista Claudia Gurgel: Encontros com a Endocrinologia
Tive a ideia de incluir esta coluna no site com a intenção de discutir com o leitor algumas patologias relevantes na atualidade. O primeiro tópico escolhido foi a esteatose hepática, pelo grande numero de laudos ecográficos que trazem este diagnóstico. Decidi, então falar sobre o assunto guiada por um roteiro de perguntas que costumo responder no meu consultório: 1 - O que quer dizer esteatose hepática? Significa que seu fígado está gorduroso. Isto me diz que o fígado está acumulando 30% a mais de gordura do que o normal e este acúmulo está sendo visto na ecografia. 2- Por que isto ocorreu? Existem várias causas para o acúmulo gorduroso. Ingestão excessiva de álcool, viroses, acúmulo de ferro e cobre no organismo e doenças congênitas são algumas delas. Mas, hoje em dia, as epidemias de obesidade e diabetes são os maiores causadores da esteatose. 3- O que eu posso sentir se eu tiver esteatose? Na maioria dos casos, um discreto desconforto abaixo das costelas do lado direito ou gases intestinais são as principais queixas relatadas no consultório. 4- Ouvi falar que posso ter cirrose. É verdade? Sim. Até 6% dos pacientes com esteatose podem evoluir para cirrose hepática, mesmo sem beber. 5- Se eu tiver o diagnóstico de esteatose, por que devo procurar um endocrinologista? A esteatose pode ser a ponta de um iceberg de distúrbios metabólicos e hormonais, além de estar associada a uma gama de patologias potencialmente graves como diabetes, pré-diabetes, apneia do sono, aumento do colesterol e triglicerídeos, obesidade, ovários policísticos, disfunção erétil, entre outras. O endocrinologista informará ao paciente sobre as possíveis alterações metabólicas e o encaminhará para outros especialistas para acompanhamento conjunto. 6- A esteatose hepática tem tratamento? Sim. Existem medicações que podem ajudar, mas a manutenção de um peso saudável e alimentação equilibrada, além do uso responsável do álcool, ainda são a melhor forma de tratamento.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Audiência pública debaterá em maio novo texto para projeto que criminaliza a homofobia

Em 15 de maio, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizará audiência pública em que são aguardados 300 convidados da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Transexuais e Travestis (ABGLT) para discutir novo relatório (substitutivo) da senadora Marta Suplicy ao PLC 122/2006, que torna crime a homofobia, nos mesmos moldes que o racismo.
A audiência debaterá a nova versão de Marta Suplicy para o projeto de lei na forma de um substitutivo, que será fruto de proposta apresentada pela ABGLT. As sugestões da Associação serão produzidas pela entidade em assembleia nacional, a ser realizada em Belo Horizonte (MG) no dia 19 de abril. O requerimento para a audiência foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos no último dia 1o.

O PLC 122 é de autoria da então deputada federal Iara Bernardi e foi aprovado na Câmara em dezembro de 2006. A proposta altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que tipifica "os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".
A proposta de Iara Bernardi inclui entre esses crimes o de discriminação por gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

Caso seja aprovado na CDH, o projeto segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e, se aprovado, para o Plenário. Aprovada pelos senadores, a matéria retornará à Câmara, uma vez que o texto original já foi modificada por substitutivo da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), aprovado na Comissão de Assuntos Sociais em novembro de 2009. Fátima Cleide incluiu também a discriminação contra deficientes e idosos na Lei 7.716/89.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

OAB apresenta na próxima terça anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual

No dia 23 de agosto, às 10h30min, na sede da OAB Federal, em Brasília (SAS Quadra 5 - Lote 1 - Bloco M) a Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB, procederá a entrega do Anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual.
Trata-se de um microssistema que concede direitos, criminalizada a homofobia e prevê políticas públicas.
O Estatuto tem 109 artigos e propõe a alteração de 132 dispositivos legais.

Na mesma oportunidade será entrega Proposta de Emenda Constitucional que:
- proíbe a discriminação por orientação e identidade de gênero
- concede licença-natalidade de 180 dias a qualquer dos pais
- assegura o casamento homoafetivo.

A Comissão é presidida por Maria Berenice Dias (RS) e integrada por Adriana Galvão Moura Abílio (SP); Jorge Marcos Freitas (DF); Marcos Vinicius Torres Pereira (RJ) e Paulo Tavares Mariante (SP). Membros consultores: Daniel Sarmento (RJ); Luis Roberto Barroso (RJ); Rodrigo da Cunha Pereira (MG) e Tereza Rodrigues Vieira (SP).

Participaram da sua elaboração as mais de 50 Comissões da Diversidade Sexual das Seccionais e Subseções da OAB instaladas, ou em vias de instalação, em todo o País e os movimentos sociais foram convidados a colaborar, tendo sido recebidas mais de duas centenas de propostas e sugestões.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ibope: mulheres, pessoas mais educadas, com mais renda e moradores do Sudeste aceitam melhor a diversidade

Casamento gay divide brasileiros
Pesquisa do IBOPE Inteligência revela que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais do mesmo sexo

São Paulo, 28 de julho de 2011 – A decisão do Superior Tribunal Federal em autorizar a união estável para casais do mesmo sexo não conta com o respaldo da maioria da população brasileira, embora a questão ainda divida muito a sociedade, conforme revela estudo inédito do IBOPE Inteligência, cuja motivação foi a de contribuir com o debate público. Segundo pesquisa nacional realizada entre os dias 14 e 18 de julho, 55% dos brasileiros são contrários à decisão e 45% são favoráveis.

De maneira geral, a pesquisa identifica que as pessoas menos incomodadas com o tema estão mais presentes entre as mulheres, os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas. Regionalmente, Norte/Centro-Oeste e Nordeste se destacam como as áreas do País com mais resistência às questões que envolvem o assunto.

“Os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças”, analisa Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência.

Sobre a decisão do STF, 63% dos homens são contra, enquanto apenas 48% das mulheres são da mesma opinião. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis. Já os maiores de 50 anos são majoritariamente contrários (73%). Entre as pessoas com formação até a quarta série do fundamental, 68% são contrários. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida. Territorialmente, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice cai para 51%.

Adoção de crianças

Quanto ao questionamento sobre a aprovação à adoção de crianças por casais do mesmo sexo, os resultados seguem a mesma tendência: 55% dos brasileiros se declaram contrários. Entre os homens, o indicador é mais alto, com 62% de contrários, da mesma forma que também é entre as pessoas maiores de 50 anos, onde 70% rejeitam a ideia. A tendência também se confirma entre os brasileiros com escolaridade até a quarta série, cuja contrariedade é declarada por 67% destes. Em termos regionais, os que se declaram contrários são 60% no Nordeste, 57% no Norte/Centro-Oeste, 55% no Sul e 52% no Sudeste.

Amigos gays

Em relação à possibilidade de um(a) amigo(a) revelar ser homossexual, a pesquisa identificou que a rejeição da população é sensivelmente menor do que a apresentada nos dois questionamentos acima. Para a grande maioria de 73% dos brasileiros, essa hipótese não os afastariam em nada das suas amizades. Outros 24% disseram que afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder. Embora com menor intensidade, o mesmo padrão de opinião nas respostas anteriores se repete no comparativo por faixa etária, nível de escolaridade, sexo e região do País.

Para as mulheres, 80% não se afastariam. Da mesma forma, 81% dos jovens de 16 a 24 não se afastariam e 85% das pessoas com nível superior de escolaridade também defendem que não haveria mudança na amizade. Em termos regionais, 79% das pessoas do Sudeste dizem que não se afastariam, enquanto estes são 72% no Norte/Centro-Oeste, 70% no Sul e 66% no Nordeste.

Médicos, policiais e professores

A pesquisa ouviu a população em relação à sua aceitação de homossexuais trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental. Apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores homossexuais. A parcela dos brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores.

Religião

No tocante às diferenças de opiniões observadas de acordo com a religião declarada pelos entrevistados, é possível identificar que há maior tolerância nas pessoas cuja religião foi classificada na categoria “outras religiões”, onde 60% são favoráveis à decisão do STF. Dentre os católicos e ateus há total divisão, com 50% e 51% de aprovação à união estável de pessoas do mesmo sexo, respectivamente. A população de protestantes e evangélicos é a que se manifesta mais resistente, onde apenas 23% se dizem favoráveis à iniciativa do STF.

Sobre a pesquisa

A pesquisa do IBOPE Inteligência é representativa da população brasileira e realizou 2.002 entrevistas domiciliares em 142 municípios do território nacional, ouvindo toda a população de 16 anos ou mais. A margem de erro amostral é de dois pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança.

Para visualizar gráficos e tabelas com maior detalhamento dos números, acesse a apresentação disponibilizada no portal do Grupo IBOPE:

www.ibope.com.br/download/casamentogay.pdf



Sobre o IBOPE Inteligência

O IBOPE Inteligência é uma organização do Grupo IBOPE que contribui para seus clientes terem conhecimento e compreensão adequados da sociedade e dos mercados onde atuam, auxiliando na tomada de decisões táticas e na elaboração de estratégias no planejamento de negócios. Seu diferencial está baseado em uma equipe multidisciplinar integrada, profissionais altamente qualificados e especialistas no conhecimento do cidadão e do consumidor.
Siga-nos no Twitter: @grupoibope

Informações para a imprensa:
Ketchum
Assessoria de Imprensa do IBOPE
Daniel Medeiros e Willian Fernandes
Fones: (11) 5090-8969 e 5090-8900, ramal 8540
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Comunicação Institucional IBOPE
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Fones: (11) 3066-1686 e 3066-7890
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débora.kakihara@ibope.com

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Julgamento união homoafetiva STF - todos os vídeos

Em dias como hoje, quando a cidadania está sob ataque, é hora de assistir novamente o julgamento do STF, aquela linda aula sobre democracia e igualdade.
Curtam.
Vídeos do primeiro dia - 4/05/2011
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5/05/2011

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