Ku Klux Klan no Senado

Na próxima quinta (13), às 9h (deve começar mesmo às 10h), o Senado promove mais uma audiência pública sobre o projeto 122/06, que criminaliza a homofobia. Militantes de todo o Brasil estão enviando emails pedindo para quem mora em Brasília comparecer à audiência trazendo bandeirinhas do arco-íris e a Constituição para lembrar que o Estado brasileiro é laico. E porque ter que lembrar isso, que é algo que faz parte do senso comum? Porque por algum motivo que não consigo entender, convidaram mais uma vez representantes cristãos para debater o projeto. Ora, chamar essa gente para discutir a homofobia é como convidar a Ku Klux Klan para dizer o que acharia de uma lei contra o racismo. Sendo o estado laico, nenhum argumento justifica a presença dessa gente na discussão da proposta, que nada mais faz do que explicitar um direito constitucional.
Segue a lista dos convidados, separados entre os nossos, os deles e os que eu não sei de que lado estão:
Nossos:
- Celso de Mello – Ministro e Ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal
- Maria Berenice Dias – Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
- Dalio Zippin – Advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB

- Paulo Mariante – Advogado do Grupo Identidade

- Edith Modesto – Presidente do Grupo de Pais de Homossexuais
- Otavio Brito Lopes – Vice-Procurador Geral do Trabalho e Coordenador Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade)
Deles (monstros mesmo, viu):
- Dep. Robson Lemos Rodovalho – Representante evangélico
- Pastor Silas Malafaia – Representante evangélico
- Kildare Araújo Meira – Representante da CNBB

Não se sabe:
- Nestor João Masotti – Presidente da Federação Espírita Brasileira