quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ser-tão...


Tenho o maior orgulho do meu amigo Luiz. Teve coragem de largar um bem pago e chatíssimo emprego burocrático para ser professor universitário. Agora está lá, no centro do país, tornando melhor a vida de muita gente. Lá no Goiás, Luiz criou o Ser-tão, o núcleo de estudos e pesquisas em gênero e sexualidade, vinculado ao Programa de Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás. Arrasou no pride. Quando eu crescer, quero ser igual a ele :)

Europride 2008



Este ano a Europride acontece em Estocolmo, capital da Suécia, e vai até o dia 3 de agosto. Em 2006 foi em Londres e eu fui. Foi uma experiência marcante e inesquecível. No Blog do Noblat, a baiana Sandra Pulsen conta um pouco sobre a semana de festa na cidade e como todas as empresas brigam para participar da festa e não serem vistas como "do contra". Abaixo, foto minha na Europride em 2006.

Em 2007, a Europride aconteceu em Madrid. Em 2009, a festa será em Zurique, na Suíça.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu vou também!


O Seminário Internacional Fazendo Gênero 8: Corpo, Violência e Poder pretende dar seqüência ao projeto de encontros bianuais que se realizam tradicionalmente na UFSC há mais de uma década e que teve sua gênese em 1994, no Fazendo Gênero — Seminário de Estudos sobre a Mulher, ligado às áreas de Literatura. Com feição interdisciplinar e envolvendo, a partir daí, vários Centros, Departamentos, Programas de Pós-graduação, Núcleos de Pesquisa da UFSC e de outras universidades regionais e nacionais, ganhou dimensão internacional em 2000 e vem se consolidando como importante evento na área de estudos de gênero, tanto na academia quanto em relação a outras organizações e movimentos feministas.

Eu vou


Das margens aos centros: sexualidades, gêneros e direitos humanos
Realização: Ser-Tão, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade
Universidade Federal de Goiás
Goiânia – GO – de 25 a 27 de setembro de 2008


O seminário pretende reunir na Universidade Federal de Goiás pesquisadores, parlamentares, gestores públicos, artistas, representantes do Poder Judiciário, estudantes e ativistas sociais comprometidos com a formulação de respostas sociais ao problema da homo/transfobia e com a garantia dos direitos humanos e de cidadania das pessoas LGTB.

Harry Potter and the Half-Blood Prince trailer

Celular instantâneo


Quando fui aos Estados Unidos recentemente a Claro me deixou na mão. Meu celular não funcionou lá, embora eu tenha feito todos os avisos necessários por aqui. Quando mandei um email questionando o que estava acontecendo, me mandaram procurar a Embratel. Como eu não queria perder mais tempo, comprei o pré-pago mais barato que achei por lá, tipo 29 dólares. Foi o mesmo preço de 3 minutos de uso do telefone fixo do hotel, quando cheguei e meu Claro não funcionou. Depois descobri telefones ainda mais baratos. Na Walgreens, vi um por 15 dólares. De olho nesse tipo de mercado, a Bic está lançando nos EUA um celular pronto para uso e descartável. Vem com a bateria carregada e 10 minutos para falar de graça. Adoro coisas que facilitam a vida da gente. Sou uma geek preguiçosa :)
Notícia do Mobilizado.

Em Brasília

terça-feira, 29 de julho de 2008

Por que é preciso haver gays, II


Piscina pública em Sichuan, na China. Foto publicada primeiro pelo Ryff.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Homens trans




Depois que postei as fotos do Buck Angel, fiquei pensando nos homens trans. Estive em San Francisco recentemente e vi muitos por lá. É uma febre nos EUA, as ex-sapas estão virando homens aos baldes. Aqui ainda é novidade. Em Brasília só conheço um homen trans e mesmo assim parece que ele desistiu no meio da transição. Mas acho a maioria dos homens trans muito bonitos - porque eles sempre mantém algo de feminino. Por isso aproveito para postar algumas fotos de um outro cara que eu acho lindo, Loren Cameron, um fotógrafo que publicou um livro com as próprias imagens nu. Pelo vídeo, parte de um documentário da National Geographic sobre identidade sexual, dá para ver que alguns detalhes traem os homens trans, principalmente a voz. Geralmente dá para perceber algo diferente também no formato da cabeça, do nariz e no tamanho das mãos. Às vezes parecem homens gays afetados ou não dá para saber exatamento o que é, mas você percebe que tem algo fora do lugar ali.

No Hawaiiiii

Ellen de Generes testa a cadeira havaiana, aquela em que você faz exercício enquanto esta calmamente sentada. De chorar de rir.

Lesbosfera


O Lebosfera é um blog sobre blogs lésbicos. E o Val na Web já está na lista...Eu conhecia pouquíssimos blogs lésbicos nacionais, a maioria dos blogs brasileiros que eu lia era de meninos. Agora já estou com uma lista enorme no meu Google Reader.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O homem com uma vagina




O BME publicou uma reportagem bem extensa com Buck Angel, ator pornô que não se considera um homem transsexual e sim um homem com uma vagina. A reportagem conta a história do cara, fala de sua infância bofinho, da carreira de modelo feminina, narra a rejeição que Buck sofreu por parte da comunidade lésbica quando resolveu fazer a transição e os problemas que tem atualmente com a comunidade trans, por se identificar como homem.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Serotonina e espiritualidade


Um estudo publicado na revista Psychology Today liga a serotonina, substância responsável pelo controle do humor e da motivação, à experiências religiosas. Isso explica muita coisa... e dá esperança de cura ou pelo menos tratamento!

Carta de Michael Tolliver para a mãe


Essa é uma tradução livre da carta que Michael Tolliver - personagem da série Tales of The City, do norte-americano Armistead Maupin - escreveu para a mãe. A carta foi escrita em 1977 e publicada pela primeira vez no jornal San Francisco Chronicle, mas, como o próprio Maupin reconheceu em entrevista recente, ainda é usada com adaptações por muitos gays para saírem do armário junto aos pais. A carta orginal em inglês pode ser lida aqui.

Querida mamãe,
Desculpe ter demorado tanto para escrever. Toda vez que tento escrever para você ou para o papai percebo que não estou dizendo as coisas que estão no meu coração. Isso não faria diferença se eu os amasse menos do que eu amo, mas vocês ainda são meus pais e eu ainda sou seu filho.
Tenho amigos que pensam que é bobagem eu escrever essa carta. Espero que eles estejam errados. Espero que as dúvidas deles sejam baseadas em pais que amam e confiam neles menos do que meus pais me amam e confiam em mim. Espero, especialmente, que você vá ver isso como um ato de amor da minha parte, um sinal do meu desejo de continuar compartilhando minha vida com vocês.
Eu não teria escrito, imagino, se você não tivesse me contado sobre seu envolvimento na campanha Save Our Children (salve nossas crianças, campanha da direita cristã fundamentalista que ocorreu nos EUA nos anos 70). Isso, mas do que qualquer outra coisa, deixou claro para mim que minha responsabilidade é contar a vocês a verdade, que o seu próprio filho é homossexual e que eu nunca precisei de salvação exceto da piedade cruel e ignorante de pessoas como Anita Bryant (líder da campanha).
Sinto muito, mãe. Não pelo que sou, mas pela forma como você deve estar se sentido nesse momento. Sei como é esse sentimento, porque eu o senti a maior parte da minha vida. Náusea, vergonha, incredulidade - rejeição pelo medo que os outros têm de algo que eu sempre soube, mesmo quando criança, que era tão básico da minha natureza quanto a cor dos meus olhos.
Não, mãe, eu não fui "recrutado". Nenhum homossexual maduro serviu como meu mentor.
Mas sabe uma coisa? Eu gostaria que alguém tivesse feito esse papel. Eu queria que alguém mais velho e mais sábio do que as pessoas de Orlando (onde o personagem viveu a infância e adolescência) tivesse me levado para um canto e tivesse dito: "você é ok, cara. Você pode crescer e virar um médico ou um professor como qualquer outra pessoa. Você não é louco ou doente ou mau. Você pode ter uma vida de sucesso e ser feliz e encontrar paz com seus amigos - todo tipo de amigos - pessoas que não dão a mínima para com quem você vai para a cama. Mas, acima de tudo, você pode amar e ser amado sem se odiar por isso."
Mas ninguém nunca me disse isso, mãe. Eu tive que descobrir sozinho, com a ajuda da cidade que se tornou meu lar. Talvez seja difícil para você acreditar, mas San Francisco é cheia de homens e mulheres, héteros e gays, que não consideram a sexualidade como medida do valor de outro ser humano.
Não são radicais e malucos, mãe. São balconistas, banqueiros, velhinhas, pessoas que acenam e sorriem quando você as encontra no ônibus. A atitude dessas pessoas não é paternalista nem piedosa. E a mensagem deles é tão simples: sim, você é uma pessoa. Sim, nós gostamos de você. Sim, tudo bem você gostar de mim também.
Eu sei o que você deve estar pensando agora. Você deve estar se perguntando: o que nós fizemos de errado? Como deixamos isso acontecer? Qual de nós dois o fizemos desse jeito?
Não posso responder isso, mãe. Mas para falar a verdade, eu acho que na verdade não me importo. Tudo que sei é isso: se você ou o papai são responsáveis pela forma como eu sou, então eu agradeço a vocês de todo o coração, porque essa é a luz e a alegria da minha vida.
Eu sei que não há como lhe dizer o que é ser gay. Mas posso dizer o que não é.
Não é se esconder atrás de palavras, mãe. Como família, decência ou cristianismo. Não é temer o seu corpo, ou os prazeres que deus fez para ele. Não é julgar seu vizinho, a não ser quando esse vizinho é grosso e cruel.
Ser gay me ensinou a ser tolerante, a ter compaixão e humildade. Me mostrou as possibilidades ilimitadas da vida. Me trouxe pessoas cuja paixão, gentileza e sensibilidade foram para mim uma fonte constante de força.
Me trouxe para a família da humanidade, mãe, e eu gosto daqui. Eu gosto.
Não há muito mais que eu possa dizer, só que eu sou o mesmo Michael que vocês sempre conheceram. Vocês só me conhecem melhor agora. Eu nunca fiz conscientemente nada para ferir vocês. Eu nunca farei.
Por favor, não sinta como se você tivesse que responder logo essa carta. É o bastante para mim saber que eu não preciso mais mentir para as pessoas que me ensinaram o valor da verdade.
Mary Ann manda beijos.
Tudo está bem na Barbary Lane, número 28.
Com amor, seu filho,
Michael
© 1977 Armistead Maupin All Rights Reserved. Permission to reprint for non-commercial purposes granted by author.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mamma Mia!

Vi na Broadway e amei. Não vejo a hora de chegar aos cinemas.

Sem grana


O Vaticano está no vermelho por causa do dólar fraco. A maior parte das doações da igreja vem dos Estados Unidos. Acha que é fácil ganhar em dólar e pagar em euro?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Madonna no Brasil!


Madonna fará shows no Brasil em dezembro, segundo o site Carioca Virtual.
De acordo com o blog, Madonna se apresentará no Maracanã, no Rio de Janeiro, nos dias 13 e 14 de dezembro e no Morumbi, em São Paulo, nos dias 17, 18 e 20 de dezembro.
Tomara que o furo do colega blogueiro se confirme, só assim a gente não vai precisar ir a Nova Iorque em outubro :)

sábado, 5 de julho de 2008

Big Mac


A associação de direita religiosa American Family Association lançou um boicote ao McDonalds. Para os jesus freaks de lá, a corporação não está neutra na "guerra de culturas" entre gays e homofóbicos e sim posicionou-se a favor dos gays ao entrar para a National Gay and Lesbian Chamber of Commerce há alguns meses.
A resposta do Mc Donald´s, dada pelo porta-voz da empresa, Bill Whitman:
Ódio não tem lugar na nossa cultura. Isso inclui o McDonald's, e nós desejamos e apoiamos que nosso povo viva e trabalhe em uma sociedade livre de discriminação e assédio.

Resultado, bibas e sapas do mundo inteiro estão correndo para comer Big Macs e Mac Chickens. Por falar nisso,adorei o café da manhã que o Mc Donald´s lançou, bem no estilo americano :)

Criminalização da homofobia


Artigo de André Petry, da Revista Veja, sobre o projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/06) e que aguarda votação no Senado.
(A imagem é de campanha lançada por uma ONG inglesa).

A fé dos homofóbicos

Dizem eles que a criminalização da homofobia levará à prisão em massa de pastores e padres, e viveremos todos sob o domínio gay. A história ensina que essa lei será aprovada, e a vida seguirá seu curso regular, sem nada de extraordinário

Em 1946, quando os negros reivindicaram a inclusão de alguns direitos na Constituição, foi um salseiro. Foram acusados de antidemocráticos e racistas por congressistas e estudantes da UNE. Em 1988, a Constituição promoveu o racismo de contravenção a crime. Ninguém chiou. Na década de 50, quando se discutia o divórcio, teve cardeal dizendo que se devia pegar em armas para combater a proposta. Em 1977, o Congresso aprovou o divórcio. Não houve tiroteio, e a igreja do cardeal nunca mais tocou no assunto. Recordar é viver.

Agora, os evangélicos estão anunciando o apocalipse caso o Senado faça o que a Câmara já fez: aprovar lei punindo a homofobia com prisão. A lei em vigor pune a discriminação por raça, cor, etnia, religião e procedência nacional. A nova acrescenta a punição por discriminação contra homossexuais. Cerca de 1 000 evangélicos tentaram invadir o Senado em protesto. Dizem que a criminalização da homofobia levará à prisão em massa de pastores e padres, e viveremos todos sob o domínio gay. A história ensina que, cedo ou tarde, a lei, ou outra qualquer com objetivo similar, será aprovada, e a vida seguirá seu curso regular sem nada de extraordinário.

Os evangélicos e aliados dizem que proibir a discriminação contra gays fere a liberdade de expressão e religião. Dizem que padres e pastores, na prática de sua crença, não poderão mais criticar a homossexualidade como pecado infecto e, se o fizerem, vão parar no xadrez. É uma interpretação tão grosseira da lei que é difícil crer que seja de boa-fé.

Tal como está, a lei não proíbe a crítica. Proíbe a discriminação. Não pune a opinião. Pune a manifestação do preconceito. Uma coisa é ser contra o casamento gay, por razões de qualquer natureza. Outra coisa é humilhar os gays, apontá-los como filhos do demônio, doentes ou tarados. É tão reacionário quanto uma Ku Klux Klan alegar que a proibição da segregação racial fere sua liberdade de expressão. Querem a liberdade de usar a tecnologia Holerite de cartões perfurados pela IBM?

Alegam que a liberdade religiosa fica limitada porque combater o pecado vira crime. É um duplo equívoco. O primeiro é achar que uma doutrina de crença em forças sobrenaturais autoriza o fiel a discriminar o herege. O segundo é atribuir à lei valor moral. O direito penal não é instrumento para infundir virtudes. É um meio para garantir o convívio minimamente pacífico em sociedade. Matar é crime não porque seja imoral, mas porque a sociedade entendeu que a vida deve ser preservada. Dúvidas? Recorram ao Supremo Tribunal Federal. Na democracia, é assim. Lei não é bíblia de moralidade.
O que essa proposta pretende dar aos gays, e sabe-se lá se terá alguma eficácia, é aquilo a que todo ser humano tem direito: respeito à sua integridade física e moral. Os evangélicos, pelo menos os que foram a Brasília, dão prova de desconhecer que seres humanos não diferem de coisas só porque são um fim em si mesmos. Os seres humanos diferem das coisas porque, além de tudo, têm dignidade. As coisas têm preço.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Vendo a história acontecer


No dia 17 de junho aconteceu o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia (EUA). Del Mar Martin (87) e Phyllis Lyon (84), juntas há 55 anos, fizeram história ao serem casadas pelo prefeito de San Francisco,Gavin Newsom. E eu e Claudinha estávamos na frente da prefeitura, ao lado da pequena multidão que, em sua maioria, comemorava o evento. No vídeo, a bandinha gay e lésbica da cidade toca um medley de músicas nupciais.
Fazer parte da história, mesmo que seja como coadjuvante, é muito legal :)