terça-feira, 12 de junho de 2007

Tudo tem seu tempo e não há nada de novo sob o Sol

Pedro Dória, talvez inspirado pela possibilidade iminente do fim do site No Mínimo, onde trabalha, escreveu um interessante artigo sobre a Bíblia. Na verdade, sobre o livro mais budista do best-seller. Segue abaixo um pequeno trecho do post do Pedro:

O melhor livro da Bíblia
O livro mais bonito da Bíblia é o menos judaico-cristão de todos: Eclesiastes. O nome vem da tradução grega do título – Qohelet – e quer dizer “aquele que reúne”. Ecclesia, a reunião, o grupo, é a palavra grega que vai originar a nossa “igreja”. Uma boa tradução menos literal para Qohelet é professor.
No início do livro, o professor se apresenta como filho de Davi e rei de Jerusalém. Apenas Salomão corresponde a esta descrição – mas ninguém de fato acha que o rei Salomão o escreveu. Uma das interpretações é de que o Professor é um descendente de Davi; outra, que ele simplesmente atribui o texto a Salomão para ganhar credibilidade.
A Wikipedia caracteriza o Eclesiastes como epicurianista, a filosofia grega que recomenda pôr o prazer das pequenas coisas do cotidiano no centro. David Plotz, da Slate, o chama de budista.